domingo, 29 de maio de 2011

Verdade, liberdade,

Mi Principio

 

Un día me voy a ir
Y no volveré jamás
Sei que debo continuar
Mi vida en otro lugar

Un día me voy a ir
Seguro me extrañarás
Como el ave de ciudad
Se va buscando la mar.

Porque al final
Aunque esté feliz aquí
Debo emigrar
A un lugar lejos de aquí
No me entiendas mal
Que no es cosa de los dos
Parece el final, pero es mi principio.

Un día me voy a ir
y no volveré jamás.
Prefiero la soledad
A vivir sin mi verdad.

Porque al final
Aunque esté feliz aquí
Debo emigrar
A un lugar lejos de aquí
No me entiendas mal
Que no es cosa de los dos
Parece el final, pero es mi principio
No me entiendas mal
que no es cosa de los dos
Parece el final, pero es mi principio.

Un día me voy a ir
Y no volveré jamás
Prefiero la soledad
A vivir sin mi verdad.

Sin mi verdad
Sin mi verdad.
 
 


(hablado)No me detengas que soy
como un ave que emigra hacia el mar
como un ave que busca encontrar
cielos nuevos donde volar
el calor que me diste acabo
como las estaciones del año se van
es verdad lo nuestro acabo
pero en realidad todo empieza para mi.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

How can I be lost, if I've got nowhere to go?


How could he know this new dawn's light
Would change his life forever?

Sim, como ele saberia??

Set sail to sea, but pulled off course
By the light of golden treasure.
Was he the one causing pain
With his careless dreaming?

Sim, mas como evitar??
 
Been afraid, always afraid,
Of the things he's feeling.
He could just be gone.
He would just sail on
He'll just sail on.

Sim, ele parte, ele desbrava outros mares.
 
How can I be lost, if I've got nowhere to go?
 
Search for seas of gold,
How come it's got so cold?

How can I be lost? In remembrance I relive.

And how can I blame you,
When it's me I can't forgive?

 
These days drift on inside a fog
Thick and suffocating.

Sim, ele está sufocando. 

His sinking life, outside it's hell.
Inside, intoxicating.
He's run aground. Like his life,
Water much too shallow.

Slipping fast, down with his ship,
Fading in the shadows.

Now a castaway. 
Não, não um náufrago.Um exilado, por vontade própria. Mas como ser exilado, se não tem pátria nem lar?

They've all gone away.
They've gone away.

How can I be lost, if I've got nowhere to go?
 
Por escolha, não tem para onde ir...

Search for seas of gold,
How come it's got so cold?
How can I be lost? In remembrance I relive.
And how can I blame you,
When it's me I can't forgive?
Forgive me.
Forgive me not.
Why can't I forgive me?
Set sail to sea, but pulled off course
By the light of golden treasure.



Essa letra significa, para mim, muita coisa. 
Antes, me identificava com ela. Hoje, mais ainda.
Só que antes, era eu...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Me refazendo, de novo.

Tudo começou.
E parece que termina.
No meio, teve alguma coisa.
Mas quando acaba, tem que acabar.

Fica a sensação de vazio, de que esse inverno vai ser frio.
E eu faço rimas tortas sem querer.


Eu simplesmente arrisquei, e vivi momentos incríveis.
Cortei meu cordão umbical, coisa que eu devia ter feito há tempos.
Vivi em meses o que devia ter vivido aos poucos.
Eu estou triste.
Mas, acredite ou não, não estou chorando. Sério.


Eu tive tudo, mesmo despedaçado.
Vivi um romance de novela, uma coisa de ficção, uma loucura.

Eu me apego facilmente, e custo a desapegar.

A gente vive aos pedaços. Pelo menos eu vivo.
E vou usando máscaras, para parecer inteira.
Ou as vezes eu sou duas, três, mil.

Vou seguir minha vida
Eu vou ficar bem.
Estou triste, estou ferida.
Mas vou ficar bem.



O amor que eu sinto vai mudar, eu vou encontrar outros amores na vida. Outras paixões. Quem sabe me case, tenha filhos, uma vidinha de comercial de margarina.
OU quem sabe me torne uma feminista não depilada, gorda, cheia de gatos em um apartamento fedido (pouco provável!!! pelo menos a parte do não depilada, gorda e apartamento fedido).
Ou quem sabe, ainda, eu largue tudo, e me mude para a Bahia, vender água de coco na praia.

Estamos vivos. 
Ardendo, ousando, chorando, lutando, sonhando.

E enquanto estamos vivos, enquanto este mundo velho sem porteira não se acaba não, vamos encontrando pelo caminho pessoas que abrem novas possibilidades.
Mesmo que não seja para sempre, é assim que as coisas são.


(este post-desabafo é para colocar no lugar os pensamentos)

 


terça-feira, 24 de maio de 2011

Musica ao longe

Clarissa, de Érico Veríssimo, é uma personagem simples, mas interessante.
Não gostei do livro que leva seu nome, muito bobinho até para a adolescente que eu era.
Mas em Música ao longe, o segundo romance em que ela aparece,  eu me apaixonei por ela.
Se no primeiro romance ela era uma tímida normalista, que vivia longe dos pais, com devaneios tolinhos (não, tolinhos não, nenhum devaneio é tolo), em Música ao longe ela é uma jovem que voltou à cidade natal e caiu na realidade.

Entre as decepções com a família, com as amizades, com aquele mundo que ela guardava com tanto zelo enquanto estava longe, ela conhece o amor.
E o amor é como música ao longe...

O amor vem para Clarissa na figura de Vasco, o primo mais velho.
Filho de um pintor andarilho, que apaixonara, casara mas não conseguira suportar as amarras da tradicional e hipócrita família Albuquerque, Vasco é como o tigre: saiu pintado, puxou ao pai.

É um inconformado, um rebelde, um revolucionário.
É o único que não vive das longíquas glórias de tempos passados, não vive de história, tradição e hipocrisia.

Ele e Clarissa se estranham, ele a isola, acreditando que a "Princesa do Figo Bichado" cresceu para se tornar mais uma insuportável solteirona preconceituosa.

Mas ele se surpreende, ao ler o diário de Clarissa.
Essa invasão de privacidade faz com que ela também tenha a curiosidade despertada sobre o primo, e ela invade o quarto de Vasco, se sentindo culpada por entrar no quarto de um homem, e ao mesmo tempo, excitada com as descobertas. Pinturas, do pai de Vasco e do próprio Vasco. Livros. Livros sérios, de gente grande, livros de Marx, livros sobre países distantes, em outras línguas.

Aquela sensação que ela não conseguia explicar, de que havia algo errado com o mundo, mas não podia compartilhar com ninguém... Ela descobre que não está sozinha nas suas sensações.

Acho que o amor deve ser isso.

Mas o que sei eu do amor?


E Vasco, o aventureiro, se sente dividido entre o desejo de sair pelo mundo, e o desejo de ficar.

Não sei como termina a história, comecei a ler Um lugar ao sol e Saga, onde os personagens ressurgem, mas preferi mantê-los na lembrança como quando os conheci.
Dois jovens, descobrindo o mundo e o amor.
Antes que um final feliz antecipado e impossível poluísse a história, ou antes de descobrir que na verdade, eles não ficam juntos.

Assim como Vasco, eu me divido entre o desejo de partir e o desejo de criar raízes.
Será possível ser uma árvore errante? Quem sabe um bonsai, que possa ser levado.
Mas não, não quero ser levada, conduzida. Quero ir com meus próprios pés, para onde a vida me levar.

A vida não tem receita. Ou tem?

Outro dia eu postei uma receita de biscoito no Feministas na Cozinha, e entitulei de "Assando biscoitos e aprendendo novas lições".

Uma lição que a gente tem que aprender (se quiser, claro) é que a vida não tem receita. 
Quer dizer, tem, várias.
Cresça, estude, se forme, se case, tenha filhos, tenha um trabalho, ganhe dinheiro, compre uma casa, compre um carro, troque de carro, troque os móveis, vá para a Disney com as crianças... 



E se você escolhe fazer de outro jeito?
Mudar a receita?
Pode ser que não fique bonita como comercial de margarina.
Pode ser que pareça mais um filme do Almodovar.

Ando pensando nessas receitas, nessas formas já definidas, que tentam fazer com que a gente se limite a uma única possibilidade.

E descobri, recentemente, que não é assim.

Mesmo o que parece perfeito, mas não é, pode ser belo na imperfeição.

Acordei agora, três da manhã, e perdi o sono. E me peguei pensando em escrever sobre essa neurose, de ter que seguir uma receita, de ter que seguir um roteiro para ser feliz.

Acho que é porque fica mais confortável. A gente quer conforto, quer aconchego, quer a receitinha do bolo pronta.

Mas chega um momento em que a gente já sabe o que vai no bolo. E começa a pensar em fazer diferente, e improvisar.



As vezes dá certo. Outras vezes não. Pode ficar leve e doce, ou solado e amargo, com gosto de desamor e decepção.

O que importa, pra mim, agora, é improvisar. Já aprendi a receita do bolo. Agora estou improvisando.

E não quero me prender a apenas uma forma. Além da receita, nova a cada dia, tenho que variar nas formas, nas possibilidades de finalizar.

As vezes, na hora de desenformar, pode despedaçar, como um coração, partido, as vezes caí da forma do externo, direto nas vísceras.

As vezes, sai macio, inteiro, perfeito, como aquele primeiro beijo.


Se a receita vai sair perfeita, não importa.

Importa é colocar os ingredientes na mesa, e ir em frente. Mesmo que solado, pode ser gostoso, com aquele sorvete de chocolate, sempre acompanhado de amizades, novas ou antigas.