segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Letra: Cala a boca - Inocentes

Sempre tem alguem pra lhe
dizer o que fazer
Sempre tem alguem pra
lhe dizer como deve ser
Que não é bom fumar,
que não é bom beber,
Que não é bom pensar,
que não é bom sonhar,
Que não é bom acreditar,
porque você pode perder!!
Eu sei! Eu sei!
Que tenho muito que
aprender
Eu sei !
Eu sei !
O risco que eu quero correr
Eu sei! Eu sei!
O que fazer pra ser feliz
Eu sei! Eu sei!
Ir pra onde aponta o meu nariz
Cala a boca
Nao enche o saco! (4x)

domingo, 24 de outubro de 2010

Abraço na Contorno

Ontem foi dia de eventos à candidata Dilma Roussef, com o lema "Na rua com Dilma".
Em BH, a mobilização visava "abraçar" BH simbolicamente, através da Av. do Contorno.
A @julianalegis e a @inquietudine estariam lá, em ´pontos diferentes.
Cheguei por volta de 10:40, e fiquei na esquina de Contorno com Bahia, porque, afinal, 

"Minha vida é essa: subir Bahia 
e descer Floresta"
(Rômulo Paes)


Fiquei impressionada com a mobilização!
Havia muitos anos que não participava de nenhum movimento político, mas estas eleições, a baixaria Demotucana, puxa vida... me instigou a ir demonstrar meu apoio à Dilma, nossa futura presidenta!

Lá na esquina, encontrei com a @semiramis, e seu marido, Tulio Vianna, os dois empolgadíssimos com a agitação! Muito empolgante, ver o entusiasmo, o engajamento, do casal. E a Érika, também, a quem eu reconheci assim que passou por perto, e de quem comprei dois bottons, lindos, da Dilma guerreira!

Eu e Cynthia Semíramis
Vou mentir se disser que não houve reações contrárias. As vezes passavam veículos cujos condutores gritavam o nome do adversário, mas a maioria absoluta gritava "Dilma" e pedia adesivos, eu mesma distribui alguns!
Pareceu até que BH é toda Dilma, que MG é toda Dilma.



Esquina de Contorno com Bahia, em frente à 1ªDP/Sul...  Democracia é isso aí, gente!!!




A menininha, militante desde criança!
Houve uma mulher que passou nos ofendendo com palavras de baixo calão, mas ninguém entrou na provocação, e foi tudo de agressivo que vi. Fiquei triste especialmente por se tratar de uma mulher.

À noite, conversava com uma amiga, e ela me disse que eu estou cercada de eleitores de Dilma, e não percebo a quantidade de pessoas, jovens, inclusive, que votam no adversário. Eu sei, os depoimentos do "Porque voto Serra" são reais para muitas pessoas.... "Indio civilizado", essas e outras...

E à noite, pude constatar: fui a uma festa de aniversário, de um grande amigo, e lá estava uma tia, senhora idosa, a quem considero muito, muito religiosa...
Ao ver meu botton (eu usei na festa, sim!!), ela me disse que votou Dilma no 1º turno, mas não sabia se iria votar de novo, porque "ouviu umas coisas pesadas sobre ela".
Eu saquei na hora qual a fonte: o tal padre da Canção Nova...
A sorte é também estava na festinha outra senhora, ainda mais religiosa, católica fervorosa, que estava ciente dos absurdos proferidos pelo tal religioso, e esclareceu à tia.
Espero que ela vote Dilma, mas o impacto da influência desse sujeito sobre os seus fiéis, especialmente aqueles mais simples, mais idosos, com menos acesso à outras fontes de informação, me assustou.

De qualquer forma, mais uma vez, declaro e declararei, em alto e bom som:

EU VOTO DILMA! DIA 31, É 13!!!!






terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mineirês

Mineiros, somos um "povo" engraçado.
Não gostamos que zoem nosso sotaque, dizemos que nem é tãaao assim cantado, mas quando alguém pergunta se somos de Minas, respondemos: "Uai, sô, cuméquecedescobriiiiuu????", tudo junto e cantaaaado....


Eu recebi tantos e-mails falando do mineirês, desde o do "Francumiu" até o do "Sotaque das Mineiras", que comecei a reparar como falo. 

E vou confessar: falo arrastado mesmo, engulo o final das palavras, emendo tudo!

Claro, se estou em uma situação formal, tento usar a linguagem formal e manter a dicção mais correta, neutra, mas naturalmente, no dia a dia, falo mineirês sim!

Uma das expressões do mineiro que mais me impressiona, pela capacidade de síntese (economia ou pãodurismo?) é a "op'ce've!", com exclamação mesmo.



O que significa o "ópsceve", ou , como perguntou um colega da minha irmã, que era de SP e veio para Minas: "o que significa essa sigla "OPCV"? que vocês tanto usam?"

Minha irmã olhou para o colega e perguntou, achando que era no contexto de empresa: "oi?" 

Cara, nós rimos demais depois.

Porque, ópsceve, é muito doido:

Ópsceve é a contração de "olhe para você ver".

Cara, é o jeito do mineiro de apontar o óbvio, e dizer ao interlocutor: "querid@, observe, preste atenção nos meus argumentos lúcidos e argutos, e veja como, ao final, você vai concordar comigo!"

Tudo isso, resumido em uma "sigla".

Depois que comecei a me assumir mineirinha, passei a adorar essa expressão! 
Sério, creio que ela sintetiza muito do jeito de ser de Minas (já vou deixar claro que não vou citar o Guimarães e nem o Drummond, ok? Quem sabe outro dia...)




O jeito de ser, "mei" conservador, mas querendo ser vanguarda.

Convicto do que fala, de suas razões, mas ponderado, tenta convencer o outro de que está certo pelos argumentos, para que, ao final, o discordante concorde... (não sou bem assim, sabe, eu sou meio explosiva, sabe... autoritária...)

Minha mãe, enrolando o famoso pão de queijo - o legítimo!


Econômico.... (tb não sou beem assim, sabem?)


E, verdade: Minas são montanhas, são vales e são rios.
Minas são muitas. Minas é o pão de queijo da minha mãe, e a roça do meu pai.


Caminho da roça

Tem lugar até para uma mineira que não queria ser, e para os que vem em busca de outras minas, esses novos bandeirantes intrépidos, que já chegam conquistando tudo.

sábado, 16 de outubro de 2010

De volta à Matrix

Sábado.
Milhares de coisas pra fazer. Não consigo me concentrar.
Estou ainda desfazendo as malas.
Mas a bagagem interna vai ser mais difícil desfazer, e colocar no lugar as coisas que adquiri, e também, recuperar as que perdi.

Volto ao trabalho na terça-feira.
Voltar ao salto alto, aos terninhos, saias comportadas, comportamento de chefe, postura de Autoridade.
Sinto como se fosse duas, as vezes três.
Distúrbios graves de personalidade.

Depois que a gente se desconecta, não dá pra conectar de novo. 
É como deletar o Orkut. Depois tem que começar do zero.
A cada vez, recriar uma história. A cada vez, me reinventar, para ver se chego mais perto de ser quem realmente sou, ou melhor, de quem realmente quero ser.

Minha vida simples, descomplicada, com amigos, livros, cerveja e rock 'n roll.
Minha vida complicada, com chefes, prisões, sangue, sujeira, corrupção, porrada, abusos, bondade, gestos humanos em um ambiente desumano e degradante. E isso, no conforto do meu "gabinete".

Conciliar as duas, com ainda as complexidades de ser humana, falha, idiota as vezes, muitas vezes. Inconsequente, irresponsável total. Ingênua, burra. Inteligente, sábia, resolvo tudo. Procrastinadora, eficiente. 
Quem sou eu, afinal de contas? 
A Renata da Delegacia? Ou a Renata do SWU?

A Renata que sai sozinha, viaja sozinha, sem pacote, sem rede de proteção a não ser a proteção do cartão de crédito? (algumas vezes, essa é a única proteção, parece)

Ou a Renata que mora com os pais até hoje, que não criou coragem de juntar os trapos e arranjar um lugar só dela, porque no fundo, é uma mimada, que quer tudo na mão?

Sei lá que vai ler isso, como chegou aqui, se dá a mínima para isso tudo.
Ainda não encontrei meu lugar. 

Vontade de largar tudo, sabe, e ir vender água de coco na Bahia, dançar tango em Buenos Aires, juntar a alguma ong e ir para a África, prá India, pra longe daqui, onde a pobreza e a miséria batem todos os dias na minha porta, no meu trabalho, na janela do carro, aberta, ainda, porque eu sou doida, e ando de janela aberta ainda.

O pior é saber que isso vai passar, eu vou me conectar, e vou voltar para a vida de sempre. 
Pensar em como poderia ser é sempre excitante e angustiante. 
E então, a gente se conforma com o que é. 
Fazer o que?

Wake up?






Festivais e tals, twitter, rock e protesto

Vou começar a atualizar o blog de trás prá frente...
Primeiro, SWU - 1º dia, banda principal, Rage Against the Machine.
Espero para assisti-los desde a década de 90. Eles acabaram, e voltaram, e parece que nunca se separaram.
Como aquelas amizades que a gente fica anos sem ver, e as vezes sem nem manter contato, mas que quando reencontra, é como se o papo continuasse de onde parou? Eu e a Gisele temos um lance assim. Ela está em Rondônia, nos vemos uma vez a cada, sei lá, um ano ou dois, mas a conversa flui, as afinidades são eternas.
E o RATM deve ter um lance assim.
Vamos lá:
O festival: SWU, com o lema da sustentabilidade.
O local: Fazenda Maeda, em Itu-SP.
O dia: 9 de outubro de 2010.
Eu já estava em SP, pois havia chegado de Buenos Aires na terça, e ido ao Bon Jovi na quarta, então não iria com a Luciana França, conterrânea. Logo, combinei uma carona solidária.
Na quarta, soube que a Patrícia, de Brasília, iria com a gente.
Detalhe: já nos conhecíamos da timeline do twitter, mas não pessoalmente...
E marcamos, no sábado, 9 de outubro, a Patrícia no aeroporto, e eu na estação do metro Vila Mariana.
Chegando lá, oba! Prazer!

 Eu, @Patanardelli já erámos da mesma timeline, mas a @Danielaamiranda... perdeu a hora, perdeu a carona, e ligou perguntando se rolava carona (pelo menos essa iniciativa foi legal e funcionou, pelo menos para a Dani!)
Eu e Dani
No caminho, de São Paulo a Itu, fomos conversando, nos conhecendo, o papo flui legal o tempo todo, parecia até que já nos conhecíamos.
Chegando em Itu, procuramos a rodoviária, para comprar a passagem e embarcar nos especiais que iriam para a fazenda.
Paramos para perguntar, em um posto de gasolina, onde fomos ao banheiro (cerveja...) e compramos mais cerveja!!!! (menos o motorista, claro, que não bebeu, tadinho!)
Descobrimos onde era a rodoviária, e no caminho, não passamos por nenhum dos lances gigantes de Itu (ou se passamos, não reparei...)

Na rodoviária, um monte de "gente estranha", hahaha, com camisetas de banda, piercings, mochilas nas costas, caras de sono (gente que viajou a noite toda) ou de ansiedade, ninguém sabia direito o que esperar...
O guiche vendia só passagem de ida e volta! A Dani, que ia encontrar um pessoal e voltar de carona, não precisava da volta, e o cara insistiu que não tinha jeito, que era a ordem, e tal. Sacamos o CDC, venda casada, ameaça de barraco, e ele cedeu.
A Patrícia encontrou a parceira de camping dela, lá no terminal, e embarcamos todos.
Entramos no ônibus com as cervejas, e continuamos bebendo e conversando.
Dei um banho de cerveja na Patrícia, tadinha... também, eu havia acabado de tomar um gole, quando alguém contou de um lance que ofereceram para ele em algum lugar dos Andes, na viagem que fez ao Peru: salchipapas (salsicha com batatas), em um calor de 40 graus. Mas ele falou de um jeito tão engraçado que eu ri, com a cerveja na boca... aí já viu... 

Finalmente, chegamos!

SWU - Starts with you (Começa com você... aham, tá... )

No começo, já vimos que a sustentabilidade foi para o saco: não podia entrar nem com comida, e rolou o maior desperdício.

Como a Patrícia iria ficar no camping, nos despedimos, trocamos telefone, combinando de encontrar depois, lá dentro.
Entramos. Já eram 4:30.
O show do Rage começaria às 22:06 (altos números partidos, tipo, 22:06, 00:02, eu hein, é cabalistico, igual o banho de 7 minutos? Não podia ser cinco, ou dez??? 

Na chegada! 

A Dani encontrou com a irmã e o cunhado.
A entrada foi muito legal, estávamos ansiosos, loucos para entrar (e para ir ao banheiro também).
Eu ainda estava de short e camiseta, mas o tempo não estava tão quente assim não, ventava frio, anunciando a noite gelada que eu não esperava.



E seguimos...
A revista foi uma zona: juro que se eu soubesse teria entrado com uma garrafa de vodka em vez da de água... eles nem olharam direito!


Na hora da revista: não podia entrar com alimento...
Então a gente entra, finalmente! E vê todo um cenário montado, bacana,e tal...
Confesso que fui ao banheiro, e no primeiro dia, no começo, estava super tranquilo, tinha até papel! E estava seco!
Havia vários projetos tipo esta tal roda gigante movida a pedaladas, ou coisa assim...


Para girar isso aí, tinha que pedalar... nem morta, ainda bem que tinha fila!



Mas mesmo eu sendo amadora, até que esta aqui abaixo ficou legal, eu achei! 
Essa fui eu quem tirou!
Os palcos ficavam em um descampado, ao fundo do terreno. 
Havia uma tenda eletrônica, o tal palco Oi, e os dois palcos, Água e Ar, lá em baixo.



E ficamos só nós eu e a pessoa que estava dirigindo, tomando cerveja, curtindo o clima do festival, trocando idéias, conversando de tudo, muito legal. A mesma coisa com a Patrícia, mas com ela conversei menos tempo.


Visão geral dos palcos
Quando entramos, estava tocando Macaco Bong (nunca ouvi falar!), e não lembro do show. Infectious Grooves eu creio que ouvi algumas músicas, Mutantes, nem lembro de nada! (cerveja tb dá amnésia!)


A programação
Começou a escurecer, e ficamos revezando entre tenda eletrônica, palco principal, banheiro, bar. E conversar, muito. De tanta coisa, tanto assunto, que eu nem lembro direito. Tampouco lembro do show do Los Hermanos. Só de algumas músicas, e de perguntar duas vezes (no mínimo) : "mas o Camelo não tinha saído?!?" e ele, pacientemente, me dizer que sim, mas que voltou para o festival.
Minha memória estar assim afetada era efeito da cerveja ingerida, e também da onda que eu peguei de tanto respirar fumaça de ... bem, vcs sabem... Não tinha como, ainda mais com a revista meia boca que fizeram. E o clima, poxa, Woodstock? Por menos que fosse, estava ali a deixa...





Enfrentar a fila era encargo ... eu ficava esperando, só olhando a confusão (folgada, né?) R$6 a lata de cerveja (e eles colocavam depois em um copo, gerando uma enorme fila... além do desperdício, né? O plástico é mais poluente ainda!


Com o anoitecer, o frio piorou. Minha sorte foi que levei outra camiseta e uma calça de malha, na mochila, para o caso de chover. Salvou minha vida!


A zona na hora de comprar cerveja

Depois de cervejas e mais cervejas, finalmente, começa uma sirene a tocar, e entram no palco!

Estávamos bem na frente, não junto às grades, mas bem à frente. E começou a maior vibração que já vi na vida!!!
Todo mundo pulava! O Zack pulava, o Morello pulava, o público todo pulava. 
Eles abriram com "Testify"
E aí, quase imediatamante, começou uma confusão: muito empurra-empurra, todo mundo pulando, eu com medo de me perder do motorista (não combinamos um ponto de encontro para essa eventualidade...), com medo de ser esmagada, e puta porque só queria curtir o show, numa boa...
Mas então a produção parou o show, e pediu calma ao pessoal, dizendo para que todos dessem três passos atrás, para não esmagar o pessoal da frente... (

Deve ter desmaidado muita gente... festival é foda, lembro do Rock in Rio, em 2001, quando fui no show do Guns. Ficar horas na frente, na grade, igual eu fiquei, sem comer, sem ir ao banheiro, sem água... quando começa o show do headline, a gente já está morto!


Zack e a estrela do Rage!
Mas então o Zack, mal contendo a empolgação, de ver a empolgação do público, pediu para nós cuidássemos uns dos outros, e não nos machucássemos. O pessoal se acalmou, um pouco, e nisso eu já estava há uns vinte metros do local inicial... prá trás, claro! 
Mas foi sossegado, a partir daí.
Eles pararam de novo, acho que foi quando o pessoal invadiu a pista premium (a louca da Luciana França, minha amiga, conterrânea de Pumpkins City, conseguiu a proeza, e pulou!).
E depois pararam de novo, quer dizer, o som parou, a banda cantava, o Zack pulava, Morello arrebentava, e o som não saia!!!
Comecou todo mundo a gritar: "SWU, vai tomar no c..."!!
Mas mesmo assim, gente, foi fenomenal!
Moshs gigantescos.

E eu entrei no mosh também, entrei na roda, pulei demais!!! "Bati cabeça" com força! 


Tom Morello


Pequenos problemas: os telões foram pequenos (eu achei)
As tendas na frente dos palcos (depois, no dia seguinte, parece que a organização do festival removeu-as).
O preço das coisas, tudo muito caro, e muito ruim.
A distância dos banheiros (muitos começaram a fazer xixi nas moitas, mair feio!)


A ira...

Não vi quando o Morello colocou o boné do MST.
Mas ficava zoando sobre a estrela do palco, falando que era a estrela da Heineken, a cerveja do Festival... E ele: "Te odeio! Você está destruindo meu momento!" rs

Durante essa zoação, um dos carinhas que estava ao lado riu, e falou: "é mesmo, é a estrela da Dilma!" 
Nos cumprimentamos, rindo, e aí, a surpresa: no festival, no show de uma banda que tem algumas das letras mais esquerdistas, de protesto mesmo, contra o sistema, me surge um eleitor do Serra, dizendo merda!
Eu fui argumentar, ele apelou, eu apelei, e saí de perto (fui contida, confesso!)
Poxa, pit-boyzinho tatuado, mauricinho tucano, poutz... Deu vontade de perguntar o que ele achava das letras, mas ele ia citar o fantástico e a entrevista com o Morello, para só apontar os pontos incoerentes... Deixa prá lá...


Killing in the name of!! 
O set list avassalador:





1.   Testify 
2.   Bombtrack 
7.   Jam 
10.               Calm Like A Bomb 
11.               Sleep Now In The Fire 
12.               Wake Up 
13.               Freedom 
14.               Killing In The Name 



A galera cantava todas junto! 
Era visível o entusiasmo da banda: Morello e Zack pulavam o tempo todo!!!


Na hora de Wake Up, as luzes do palco ficaram verdes-Matrix! Pulei demais nessa hora!


A frustração é que foi pouco tempo! Queria um show de 3 horas, como foi o Bon Jovi no Morumbi!
Mas festival é assim, em geral... E eles tocaram todas as que eu queria ouvir!


Acabou! Tristeza...


E começa o calvário:
Comprar água (já havíamos parado de beber, em algum momento, né?)
R$6 uma garrafa, de 300ml!!!
Facada!!!
Fomos saindo, e mesmo com a programação de DJ na tenda Heineken, parece que todo mundo resolveu ir embora mesmo, e saímos andando. Um vento, um frio... 
E a fila de gente desorientada, saindo em busca dos especiais, de volta a Itu... Cadê? Onde?
Não tinha nenhum!
E ninguém, usando crachás do festival, sabia explicar nada!
Eu já estava morta.
Fomos andando, da fazenda, até a rodovia.
Uma cena apocalíptica, tipo, quando a galera vai fugir, naqueles filmes de catástrofe hollywoodiana, e sai andando, desorientada, trombando uns nos outros...
Era gente, carro, ônibus, moto...
A pista totalmente congestionada.
Depois de muito andar, chegamos na rodovia. 
E aí, de novo, nada.
A polícia estava lá, e chegamos a pensar em cometer um desacato, aí rolava uma carona para Itu... Mas achamos melhor não, né, sabe como, essa polícia brasileira...


Sentamos na grama da beira da estrada, para descansar um pouco. E nessa hora foi muito engraçado: havia tipo um brejo nesse pedaço, e o pessoal descia o barranco e atolava o pé na poça d'água! E eu, prestativa, ficava avisando: "olha a água!". Galera olhava para mim, acho que pensando que eu estava vendendo água, e "puff", atolava o pé na água! 
Por fim, eu já estava morta e nada de ônibus (e nós, com a passagem de volta no bolso, paga! Tenho a minha guardada)
Então apareceu um ônibus, e acho que foi nessa hora que a polícia resolveu parar o busão e mandar o motorista embarcar a galera, senão ia ter gente morrendo naquela rodovia, gente... Nós atravessávamos e voltávamos, sem rumo!
Muita bagunça!


Voltado, chegamos na rodoviária, pegamos o carro na praça, e voltamos para SP.
Eu, tentando arduamente permanecer desperta, para fazer companhia ao valente motorista.
E achei que havia conseguido, depois, vi que apaguei mesmo... 
E a fome? Apertou né... E não tinha nada aberto àquela hora...
Chegamos em SP às seis da manhã do domingo.
Mortos. Mas satisfeitos.



Tanto quanto o show, foi incrível a experiência. 
Foi uma quebra de paradigmas, sabe?
Carona, desconhecidos, festival, a caminhada na volta...






Se valeu a pena? 
Valeu demais.

Se eu volto ano que vem? 
Quem sabe? 
Se ainda estiver nessa adolescência, com certeza!
E espero ainda estar, sim.


E se contar com as companhias de Patrícia, Daniela, entre outros, então, com certeza, tudo vale!


E aqui, vão outros textos bacanas sobre o Festival: http://antifleuma.blogspot.com/2010/10/swu-eu-volto.html






quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Renegados

Ainda estou no clima de Festival. 
Clima de Rage Against the Machine.
Cada dia mais, Rage.
The fucking machine.
Tem dias que eu queria nunca ter acordado. 
Nunca ter escolhido a pílula vermelha.



Continuar conectado à Matrix, comendo o filé ilusório e achando que é a colher que entorta.

Mas eu entrei pelo buraco do coelho, há tanto tempo que nem lembro quando.

Dizem que sempre fui assim. E eu penso: será? 

Consciência sem autocrítica não é consciência.

De qualquer forma, fica hoje, a letra de "Renegades of Funk", do RATM, e a lição de que quem tem sua filosofia, quem pensa diferente, nem sempre contra o sistema (que porra é o sistema, afinal????), é renegado, de uma forma ou de outra.

E a cada dia podemos mudar a história, pessoas como eu e você.


Renegades of Funk 

No matter how hard you try, you can't stop us now
No matter how hard you try, you can't stop us now
We're the renegades of this atomic age
This atomic age of renegades
Renegades of this atomic age
This atomic age of renegades
Since the Prehistoric ages and the days of ancient Greece
Right down through the Middle Ages
Planet earth kept going through changes
And then no renaissance came, and times continued to change
Nothing stayed the same, but there were always renegades
Like Chief Sitting Bull, Tom Paine
Dr. Martin Luther King, Malcom X
They were renegades of their time and age
So many renegades
We're the renegades of funk
We're the renegades of funk
We're the renegades of funk
We're the renegades of funk
From a different solar system many many galaxies away
We are the force of another creation
A new musical revelation
And we're on this musical mission to help the others listen
And groove from land to land singin' electronic chants like
Zulu nation
Revelations
Destroy our nations
Destroy our nations
Destroy our nations
Destroy our nations
Destroy our nations
Destroy our nations
Now renegades are the people with their own philosophies
They change the course of history
Everyday people like you and me

We're the renegades we're the people
With our own philosophies
We change the course of history
Everyday people like you and me
C'mon
We're the renegades of funk
We're the renegades of funk
We're the renegades of funk
We're the renegades of funk
Poppin', sockin', rockin' puttin' a side of hip-hop
Because where we're goin' there ain't no stoppin'
Poppin', sockin', puttin' a side of hip-hop
Because where we're goin' there ain't no stoppin'
Poppin', sockin', rockin' puttin' a side of hip-hop
'Cause we're poppin', sockin', rockin' puttin' a side of hip-hop
Poppin', sockin', rockin' puttin' a side of hip-hop
We're the renegades of funk
We're the renegades of funk
We're the renegades of funk
We're the renegades of funk
We're teachers of the funk
And not of empty popping
We're blessed with the force and the sight of electronics
With the bass, and the treble the horns and our vocals
'Cause everytime I pop into the beat we get fresh
There was a time when our music
Was something called the Bay Street beat
People would gather from all around
To get down to the big sound
You had to be a renegade in those days
To take a man to the dance floor
Say jam sucker
Say jam sucker
Say groove sucker
Say groove sucker
Say dance sucker
Say dance sucker
Now move sucker
Now move sucker
[x2]
We're the renegades of funk